Arquivo do mês: fevereiro 2010

Marina and the Diamonds- The Family Jewels (2010)

Calma, o álbum não é tão ruim quanto a capa

O que é? O nome da banda de Marina Diamandis já é conhecido de um um bom tempo.  Desde o ano passado, com algumas músicas lançadas, a greco-galesa já era uma aposta para Next Big Thing britânica e agora, no início de 2010, seu debut foi lançado. Seu som é algo entre o pop de Lily Allen, indie de Florence+the Machine e o quê de Little Boots no que diz respeito a parte eletrônica.

Impressões

O debut de Marina e sua banda soa como um website. Sim, um site. Metáfora estranha, sei, mas foi a analogia que encontrei para defini-lo. Um site pode ter N páginas, mas você sabe que está no mesmo site pois há sempre a padronização de layouts e cores. Senti a mesma coisa com este álbum, como se as músicas derivassem de um modelo e fossem variando em seu conteúdo, mas o ambiente é exatamente igual. E isso nem sempre significa a “marca” do artista.

No caso de Family, pareceu-me que os instrumentos são sempre os mesmos e tocados de forma quase idêntica em cada música, o que me fez dar um passo para trás nas minhas expectativas acerca deste debut e classifica-lo como pop. Não o Indie-pop que os EPs apresentaram, mas o pop que gruda mesmo. E falando em grudes, o álbum é repleto deles, começando pela já conhecida I’m Not a Robot, que ocupa a posição de terceira faixa e que faz você decorar seus refrão (Guess what?/I’m Not a robot/A robot) logo na primeira vez que o ouve. E isso perdura na música seguinte, Girls, e volta com mais força ainda em Hermit the Frog e em Oh No!. Outra música destaque é a já single Hollywood e sua letra ácida sobre a cidade do cinema. Seu encerramento é dado, como em 99% dos discos pop, com canções lentas e, neste caso, um tanto apagadas.

Quem, assim como eu, esperava um Indie-pop do debut de Marina and the Diamonds (que é uma artista solo, obrigada) vai ter que procurar outros artistas ou tentar se divertir com o radiofônico Family Jewels, o que não é muito difícil, pois apesar dos pesares, este ainda é um bom álbum, dentro do pop, claro.

6.5/10

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