För Sverige i tiden

Quando pensamos na cena musical europeia logo surge a Inglaterra e seu contingente de mega-bandas mundialmente conhecidas e outros grandes nomes da música Indie. Alguns mais chegados à música eletrônica lembrarão da França, a terra do Justice,  Air e de diversos artistas ligados à melodia”artificial”. Mas levando nosso pensamento para o Norte, lá na Escandinávia, terra dos Vikings e do gelo, damos de cara com uma cena às vezes nem tão reconhecida- a sueca. É bem verdade que entre os ouvintes de música Indie alguns nomes soam populares, como o fantástico trio Peter Bjorn & John, responsáveis pelo hit Young Folks, de 2006, e, pra quem prefere o eletrônico, The Knife é lembrado. Se bem que este último é mais reconhecido (ou deveria ser) pelo cover feito por Jose Gonzales para a faixa “Heartbeats”. Apesar das quase indefectíveis melodias em inglês, a Suécia musical encontra sua peculiaridade na grande variação instrumental e de gêneros que cada artista incorpora a seu trabalho. Posso ressaltar o eletrônico dark misturado à ritmos tribais, como tambores e intrumentos de sopro adotados por Fever Ray, o projeto solo de Karin Dreijer, integrante do supracitado The Knife, um dos mais conceituados atos suecos de 2009 ou também a versátil Jenny Wilson, que tocou todos os instrumentos  em seu primeiro álbum, adotando uma voz R&B num ambiente de música pop definitivamente…Fina. Bom, vamos às recomendações:

Jenny Wilson: Situada numa faixa entre o R&B e a música Pop, essa sueca mostra que ainda é possivel fazer música pop sem apelar para os clichês do mercado. Destaque para duas faixas do album mais recente, Hardships!: Clattering Hooves e We Had Everything.


Surburban Kids With Biblical Names- O nome é longo, tanto quanto a criatividade deste duo de Indie-Pop que abusa do Twee em suas composições. {Twee, pra quem não sabe, são canções de ritmo leves e com letras que geralmente falam de amor.} Parecidos, talvez, com o Peter Bjorn and John de Writer’s Block e com os australianos do Architecture In Helsinki, as “Crianças Suburbanas” têm apenas um álbum lançado, intitulado #3 (em alusão aos outros dois EPs lançados anteriormente, #1 e #2 e posteriormente, um 4º Ep foi lançado, chamos, claro #4), que com suas 15 faixas passa aos ouvintes alguns bons minutos de canções puramente apaixonantes e despretensiosas. Uma das faixas mais bacanas dos suecos é Rent a Track , do álbum #3.


Peter Bjorn and John– Claro que um dos maiores nomes da música Indie sueca não ficaria de fora. Embora sejam relativamente famosos, caso você não conheça este trio que está há 10 anos em atividade e tem 5 álbuns lançados, está perdendo um dos melhores atos musicais da década. Em alguns momentos pop, em outros indie ou experimental, PB&J é uma daquelas bandas assumidamente mutantes, que seguem trajetórias cheias de curvas, elevações, depressões, mas nunca retas. Recomendações álbum a álbum para Peter Bjorn and John:

Começamos por People They Know , do debut homônimo, lançado em 2002. Desde este lançamento quase invisível, o trio já dava pistas de seu grande potencial criativo. Três anos depois foi lançado o segundo álbum, Failling Out, e It Beats Me Everytime , já lançada anteriormente num EP, em 2004, apareceu e é uma de suas principais faixas. Enfim o reconhecimento do público, em 2006. Com o hit Young Folks a Europa e o mundo ouviu os simpáticos assobios e cantou o refrão super chiclete desta música que estrela o 3º álbum, Writer’s Block que já virou até tema de novela brasileira. No fim de 2008, um álbum composto somente por músicas instrumentais foi lançado pelo trio e nenhuma faixa teve grande repercussão, mas mesmo assim considero o Seaside Rock Advanced como o melhor álbum dos 5 que os suecos assinam a composição. Uma de suas incríveis faixas é Favour of the Season. Em 2009 foi lançado o mais recente álbum, com uma sonoridade bem diferente — como sempre– e que até agora vem lançando singles, como It Don’t Move Me e Lay It Down.

Fever Ray- Na minha opinião, a melhor “estréia” de 2009. Estréia entre aspas mesmo, porque é de conhecimento público que Karin Dreijer, a mulher por trás do personagem místico Fever Ray, já vinha dando o ar de sua graça na música desde 1995, com a banda Honey is Cool e posteriormente uniu-se a seu irmão, Olof Dreijer, e formou o aclamadíssimo The Knife. Voltando ao projeto atual, Fever Ray segue dentro do eletrônico do The Knife mas com diferenças gritantes em suas composições, que vão desde o clima mais obscuro à adição de instrumentos tribais em meio aos sons computadorizados. Todavia, é impossível comparar Fever Ray a outro artista graças a singularidade exercida por Karin Dreijer e cia. neste incrível trabalho. Ouça aqui a faixa que abre o debut também cahmado Fever Ray.

The Knife- Mais energético e pulsante mas não menos misterioso do que Fever Ray, o já citado duo The Knife tem motivos de sobra para ser tão bem aclamados.  O som deles varia entre rápidos eletrônicos de pista à canções místicas emquanto a vocalista Karin Dreijer altera sua voz, criando diversos personagens dentro de cada música. Uma das principais faixas do duo, como já dito neste post, é Heartbeats. Em 2006 foi lançado o álbum Silent Shout, que chegou a ganhar prêmios no Grammis (o Grammy sueco) e ser eleito como o melhor álbum musical daquele ano pelo influente site de música Pitchfork . Uma de suas faixas é We Share Our Mother’s Health, umas das músicas de ritmo mais frenético que eu já ouvi.

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Recomendei alguns poucos representantes da música sueca, mas claro, há outros tão bons quanto os aqui presentes. Ficaram de fora desta curta lista nomes como Mando Diao, os “finados” do Zeigeist, que lançou apenas um, mas magnífico álbum, a sensação Lykke Li (que eu particularmente não consegui gostar) e o divertido Familjen com suas músicas em sueco.

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